A Moda segundo a definição do Wikipédia “ é a tendência de consumo e comportamento de uma dada época histórica. É um sinónimo de “costume”… pode ser considerada o reflexo da evolução do comportamento. Uma espécie de retrato da comunidade. É uma linguagem não verbal com significado de diferenciação. Instiga novas formas de pensar e agir”.
A nossa sociedade tornou-se cada vez mais consumista e o desenvolvimento de estratégias de marketing agressivas e sedutoras no acesso às facilidades de recurso ao crédito, contribuiu significativamente para o excesso de oferta dos produtos colocados à disposição do consumidor.
Algumas pessoas costumam avaliar o seu grau de sucesso e até mesmo de felicidade, através dos bens materiais que possuem ou através da facilidade e disponibilidade para comprar. É a sociedade consumista incentivando o “ter”, procurando gerar sentimentos de bem estar, de prazer, com aquisição daquele produto ou acessório que está na moda. Mas estes apelos aos consumistas acabam por gerar conflitos internos de personalidade ou até mesmo o recurso à violência para aqueles que não conseguem ter acesso aos produtos.
Face ao volume significativo e intenso de informações, aliado ao facto dos consumidores serem cada vez mais seletivos, as empresas utilizam diversas metodologias para captar o interesse dos seus clientes. Neste sentido, o papel do marketing tem-se transformado diariamente. Afinal, não é mais apenas uma questão de aproximar um produto ao potencial cliente, mas fazer isso com relevância, gerando valor.
O público alvo que a marca pretende alcançar é o centro de qualquer estratégia. Era usual uma empresa atuar de “dentro para fora”, hoje a realidade é muito diferente! As soluções não podem ser criadas para posterior aceitação do consumidor, aliás, são os potenciais clientes que ditam as principais tendências de consumo para que as marcas comecem a produzir.
Conhecer os hábitos e o estilo de vida dos consumidores e potenciais clientes é fundamental, para que uma marca seja relevante e lembrada no dia a dia!
Falo-vos do exemplo da Coca-Cola, que ocupa, há décadas, as posições mais elevadas nos rankings de marcas mais famosas do mundo. Algumas marcas chegam a substituir produtos pelo seu próprio nome. A Gillette, por exemplo, tornou-se sinónimo das lâminas de barbear. Assim, alguns consumidores podem comprar outras marcas, mas inconscientemente associam o produto da lâmina à imagem da Gillette.
Um outro exemplo passa pelo segmento de luxo, é um mercado em crescimento, onde se destacam diversas marcas de luxo mundialmente conhecidas como a Versace, reconhecida pelo seu glamour e espírito irreverente. A Chanel, representa uma mudança na história onde o design simples substituiu as roupas opulentas e acessórios do século XIX, construindo um símbolo de elegância e bom gosto eterno. Outras marcas, como Prada, oferecendo uma vasta gama de roupas e acessórios, sapatos, malas, perfumes, relógios. Louis Vuitton, especializada na produção de carteiras, malas de viagem e outros acessórios em pele. Giorgio Armani, sendo conhecida pelas suas peças de vestuário e acessórios. A Gucci, pelas suas peças em pele e atenção ao detalhe. A Dior, pelo design altamente sofisticado, considerado um símbolo de status.
Yves Saint Laurent, conhecido como um dos nomes mais significativos da alta costura. Valentino com designs criativos e elegantes. A Louboutin, conhecida mundialmente pela linha de sapatos femininos, cuja marca registada é a sola vermelha. A Dolce Gabbana é a mais famosa e desejada marca da cultura italiana, pelas peças de vestuário e demais acessórios.
O valor de um produto de luxo e a decisão de compra para o consumidor é o resultado de uma experiência que leva a uma preferência decorrente da interação com a marca. O consumidor compara alternativas em busca do produto que melhor satisfaça as suas necessidades, atribuindo-lhe valor. Assim, o valor de um produto é percebido quando há compensação do esforço realizado para a sua aquisição, seja ele financeiro, de tempo, de estatuto ou de emoções. Pode emergir não só do próprio produto como também da experiência de consumo, das características, dos benefícios e do envolvimento com a marca.
Os produtos de luxo são considerados fontes de prazer, pois apelam aos sentidos, à fantasia e à emoção das pessoas.
A motivação para o consumo de luxo pode variar de acordo com as características demográficas, a personalidade e até mesmo do estado de espírito do consumidor. A este carácter irresistível do consumo de luxo associa-se a utilização das compras como forma de compensação de frustrações diversas e de preenchimento de “sentimentos de vazio”.
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